A Gestão Fiscal diz respeito à administração das receitas e despesas públicas, que objetivam alcançar o equilíbrio das finanças de um município e evitar endividamentos ou déficits orçamentários.
No Brasil, ela é pautada em duas vertentes. São elas a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Gestão Municipal:
Para que isso seja alcançado de forma eficaz, o município precisa estruturar a sua gestão fiscal e tributária, a partir de alguns passos:
Para se alcançar a responsabilidade na gestão fiscal, o primeiro passo que deve ser dado é a realização de um bom planejamento. O gestor público deve ficar atento aos três instrumentos orçamentários fundamentais: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA).
É necessário que o município mensure suas propostas orçamentárias com realismo, sem omissões, com transparência e respeitando os limites estabelecidos, conforme o exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
É dever do município divulgar abertamente à população os gastos públicos, por meio de alguns instrumentos de transparência, como: PPA, LDO, LOA, prestação de contas e seu parecer prévio e relatórios (RREO e RGF).
Somado a esses instrumentos, o gestor público também precisa realizar ações que incentivem a participação popular em seus processos de elaboração e discussão, quando possível.
O endividamento municipal deve ser apurado ao final de cada quadrimestre e não pode ultrapassar 1,2 vez a receita corrente líquida (RCL), ou seja, acima de 120% da RCL, conforme o Senado Federal.
Caso esse limite seja ultrapassado, o município fica impedido de realizar operações de crédito e financiamentos até o retorno àquela condição.
De acordo com a Constituição Federal, as despesas com pessoal (ativo ou inativo e pensionistas) não podem exceder os limites impostos pela Lei Complementar. Para os municípios, esses limites correspondem a 60% da RCL (6% para o Legislativo e 54% para o Executivo).
Para otimizar a gestão fiscal, o município deve considerar a remuneração bruta do servidor, sem qualquer dedução ou retenção.
O conhecimento da legislação sobre as receitas, despesas públicas e obrigações fiscais são um ponto de partida para o equilíbrio da gestão financeira.
É preciso incentivar a população a compreender a função dos tributos municipais arrecadados e acompanhar a aplicação desses recursos no município.
Um dos requisitos cruciais para a responsabilidade na gestão fiscal é a instituição de tributos. Caso o ente não exerça essa função, será vedada a realização de transferências voluntárias.
Apesar de ser uma regra, muitas Prefeituras ainda possuem dificuldades para cobrar e fiscalizar seus tributos. Para isso, os municípios precisam buscar o desenvolvimento de suas receitas próprias, aproveitando o seu potencial de crescimento.
Automatizar os processos da gestão fiscal é um procedimento que impacta diretamente na fiscalização de tributos e consequentemente no aumento de receitas. Por isso, é crucial investir em plataformas confiáveis e de qualidade.
Um sistema de arrecadação municipal não só controla a gestão tributária como também garante a legalidade das ações, por meio da análise de informações fiscais e tributárias atualizadas sobre o município, que impactam diretamente na tomada de decisão do gestor.
Ao colocar esses passos em prática, o gestor público terá um melhor controle da gestão fiscal e tributária do seu município.
Para entender mais sobre o assunto, leia A tecnologia como aliada à Gestão Fiscal.
Fonte: Tribunal de Contas da União (TCU)
Aspec Informática
Atua há mais de 25 anos no desenvolvimento de sistemas para o setor público, contemplando especificamente Prefeituras, Câmaras, Autarquias e Fundos Especiais. Os sistemas de gestão pública desenvolvidos pela Aspec oferecem aos municípios, simultaneamente, praticidade nas tarefas operacionais e atendimento à legislação.
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